Texto e imagem por Isadora Tavares
Tal qual a lagarta
Que escapa
E não renasce
Fazer o casulo na roseira
Manter-se preso é seguro
Vento desprender
Queria seguir a lua
mas ela se perde
pelo espelho
O som não abafa
Vislumbro a vida que sonhei
Anseio e temo a tragédia
Cada lágrima é uma luz que brilha
Cidade inundada pelas estrelas
O anjo passou por aqui hoje
Fecho os olhos e rezo
Vou em direção ao lar
Nunca a vi resplandecer tanto
Sinto vontade de tocá-la
Se pudesse
Quando minhas mãos
sentem o macio
É um prazer imediato
Seguro nuvens
E o céu todo
Está sob sua cabeça
Mais um toque
Mais uma batida
Mais um aperto
Desço
Sabendo que deveria subir
Ao infinito
Estendi os braços
Eis-me aqui
Sinto o vento
Respiro
Descubro viver
Isadora Tavares é redatora, jornalista e poeta nas horas vagas.
🦆
Apoie o jornalismo independente colaborando com doações mensais de a partir de R$5 no nosso financiamento coletivo do Catarse: http://catarse.me/jornaldepatos. Considere também doar qualquer quantia pelo PIX com a chave jornaldepatoscontato@gmail.com.
0 Comentários
Obrigado por comentar!