Imagem: Susano Correia |
De qualquer forma
Com o coração dilacerado ou não
Seguirei o rumo
O mesmo que sufoca
Que chora
Que brota
Que a cada botão de rosa
Eu
Me agradando ou não
Sentirei teu perfume
Caso te encontre terei coragem de te encarar bem nos teus olhos e dizer profundamente o que é, e também o que não é preciso
Já que sempre necessitei de atos de intensa extremidade e sensações inexplicáveis enquanto respiro
Talvez
Por você irei engolir o meu orgulho, e consequentemente por não ser algo benéfico irei vomitar poesias que, quem sabe, nunca serão recitadas ou redigidas
Me pego pensando por varias vezes, o porque de um “eu te amo” ser quase impossível como um milagre, e mais questionador do que uma benção
Mesmo que nem um e nem outro seja no final satisfatório a quem o recebe
Muitas das vezes um “me desculpa” e mais ausente do que um “eu te amo” e mais satisfatório do que qualquer atitude de bom grado pra quem a gente acabou de machucar
Mesmo que tenhamos a capacidade de reconhecer a dor do próximo, ainda sim, não somos realmente coerentes e para alguns a sensação de rebaixar alguém, preenche o vazio de quem nunca foi amado de verdade
Amar sem medo
Amor com coragem
Amor que entrelaça os dedos
E primeiramente amor a quem encaro no espelho
Estou farto de amor de mentirosos e egoístas
Quero amor até não poder mais
De verdade
E de preferência
Sem rótulos.
Conhecido como "Treta", João Paulo Reis tem 22 anos e é poeta e slammer.
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