Um aracnídeo anda pelo chão do quarto
e constantemente cuida seus olhos em mim
e seu olhar é como um horrível parto
de uma história épica que só conta o fim.
Que grotesco passeio faz esse inseto!
É indiferente às minhas pragas
e, quando o blasfemo, joga uma teia ao teto
brincando num vai-e-vem com minhas mágoas.
Brinca inseto, que tua hora não tarda!
Incitado pela ira peguei do chinelo
tentei acertá-lo mas fugiu, o covarde,
foi mais para o canto da parede, e a olhar-me,
riu-se de mim à vontade.
Ria inseto, teu remorso há de matar-te.
Rubens Alves Veríssimo é funcionário público, músico e estudante de Biotecnologia pela Universidade Federal de Uberlândia
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1 Comentários
Que legal!!! 👏👏👏👏
ResponderExcluirObrigado por comentar!