Grupo de trilheiros composto por jovens de Uberlândia, Presidente Olegário e Brasília encontra pinturas rupestres preservadas em caverna remota
Uma descoberta histórica na região do Alto Paranaíba tem despertado o interesse de agentes culturais patenses. O sítio arqueológico, encontrado na zona rural de Presidente Olegário/MG, possui centenas de pinturas rupestres praticamente intocadas pela civilização. O cineasta e gestor cultural Helvécio Furtado Jr. foi contatado por um dos descobridores, e após a constatação de que o sítio ainda não havia sido mapeado, os dois iniciaram esforços para realizar uma expedição até o local.
“A gruta onde estão as pinturas fica dentro da propriedade de um amigo, num lugar muito bem protegido pela natureza, por isso está tudo tão preservado. Existem muitas pinturas nas paredes, mas parte delas já está soterrada. É um lugar mágico, de uma beleza que já não existe em lugar nenhum, exceto ali. Deve ter mais coisas no entorno. Vamos precisar fazer um esforço pra registrar, preservar e conservar”, disse Alandouglas Mendes, programador e um dos descobridores.
“Acreditamos que o time ideal pra essa aventura será composto de quatro pessoas. Alandouglas será o guia, e eu farei o registro audiovisual e documental. Precisamos encontrar alguém que saiba prestar primeiros socorros, e também um topógrafo, além de uma lista de equipamentos e suprimentos ”, revelou Helvécio Furtado Júnior.
O local exato onde se encontra o sítio ainda não foi revelado. A expedição está prevista para acontecer no próximo fim de semana (1º/05). Os exploradores estão confiantes de que conseguirão o apoio necessário para a jornada, e reafirmam que devido a importância do sítio, irão até o local de uma maneira ou de outra. Além do “chamado à aventura”, Helvécio também está preparando um projeto de conservação para apresentar às autoridades culturais competentes.
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4 Comentários
Que achado magnífico!!!!
ResponderExcluirQue notícia interessante, e me parece, que sítios arqueológicos com pinturas rupestres em Minas descobertos e identificados, não passam de uma dezena, e nenhum na região. Ao contrário, diversos sítios arqueológicos com urnas funerárias e artefatos líticos já foram encontrados pelas redondezas. Agora é esperar a avaliação do IEPHA-MG, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e principalmente do IPHAN-Instituto Histórico e Artístico Nacional, sobre a autenticidade e datação da descoberta desse sítio arqueológico, não só de suma importância para a pré-história e arqueologia da região, do Estado e do Brasil. Aliás, se for mesmo na região de Presidente Olegário, ele está localizado é na mesorregião do Noroeste de Minas e não Alto Paranaíba.
ResponderExcluirEsse assunto é fascinante. Em Minas existem inúmeros sítios arqueológicos, alguns com pinturas rupestres, como esse daí, ou com artefatos líticos ou urnas funerárias. Desde o início do século XIX, sítios arqueológicos ou cavernas estão sendo explorados e estudados, o precursor foi o dinamarquês, Peter Lund, inclusive, como a região de Presidente Olegário possui muitas cavernas, algumas são conhecidas há muito tempo. Entretanto, essa, com inscrições rupestres, parece ser mesmo desconhecida, pelo IEPHA-MG, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e principalmente do IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que são os órgãos responsáveis pela guarda, identificação e exploração desses sítios e que devem ser informados. Existe uma lei específica, a Lei Nº 3.924, de 26 de julho de 1961 que, “Dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos”, assim bem como os Artigos 215 e 216 da Constituição Federal. Portanto...
ResponderExcluirComo já comentei no JORNAL DE PATOS e depois no SOU PATOS: “Esse assunto é fascinante. Em Minas existem inúmeros sítios arqueológicos, alguns com pinturas rupestres, como esse daí, ou com artefatos líticos ou urnas funerárias. Desde o início do século XIX, sítios arqueológicos ou cavernas estão sendo explorados e estudados, o precursor foi o dinamarquês, Peter Lund, inclusive, como a região de Presidente Olegário possui muitas cavernas, algumas são conhecidas há muito tempo. Entretanto, essa, com inscrições rupestres, parece ser mesmo desconhecida, pelo IEPHA-MG, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e principalmente do IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que são os órgãos responsáveis pela guarda, identificação e exploração desses sítios e que devem ser informados. Existe uma lei específica, a Lei Nº 3.924, de 26 de julho de 1961 que, “Dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos”, assim bem como os Artigos 215 e 216 da Constituição Federal.” Complementei isso, no comentário ao PatosHoje: E agora com a descoberta desse outro sítio arqueológico, talvez até existam outros. Além disso, de acordo com a Lei nº11.726, de 30 de dezembro de 1994, que Dispõe sobre a política cultural do Estado de Minas Gerais, em seu Artigo 17 – “A descoberta fortuita de bem ou sítio arqueológico, paleontológico ou espeleológico deverá ser comunicada no prazo de 5 (cinco) dias ao Conselho Estadual de Cultura, pelo autor do achado ou pelo proprietário do local onde a descoberta houver ocorrido.” Aliás, nesta matéria existe comentário sobre a autenticidade dessas pinturas rupestres, entretanto, somente arqueólogos podem esclarecer esta questão.
ResponderExcluirObrigado por comentar!