Antes tarde do que nunca: banda Boko Moko lança álbum de estreia

Por Caio Machado


Fundada no início de 2020, a banda carmense Boko Moko acaba de lançar o álbum de estreia da carreira intitulado “Antes tarde do que nunca”. O disco conta com oito faixas que foram gravadas durante o último ano na pandemia do novo coronavírus.

Produzido pelo renomado produtor musical Flávio Libório (que também mixou e masterizou as músicas) e pelos membros da Boko Moko, o álbum de quase 30 minutos é marcado pela influência de bandas clássicas de rock and Roll da primeira até à última faixa.

“Sina de um Tocador” abre o disco narrando os perrengues dos músicos mal remunerados e desvalorizados, enquanto em “Bicuda”, o eu lírico utiliza de uma receita culinária inusitada para literalmente chutar macumba.

A autoexplicativa “Vida no Interior” é uma balada zeppeliana acústica com direito a solo de gaita diatônica e tudo mais. A pegada agressiva da banda retorna logo em seguida, cheia de identidade, com a faixa “Rock ’N' Roll Style”.

Em “Já rodou”, a Boko Moko fala sobre dar a volta por cima por meio de uma divertida levada musical. A influência do Led Zeppelin reaparece na música “Silêncio Profundo”, com um groove digno do quarteto britânico nos tempos áureos.


A paixão nostálgica por velharias é narrada na música “Coisa Antiga”, que carrega uma interessante dinâmica nos arranjos de guitarra. “Até Quando Esperar” evoca hits da banda AC/DC para encerrar o disco com muita energia.

A banda Boko Moko foi formada pelos músicos Breno Veloso (bateria), Fernando Kakau (baixo), Gui Carneiro (guitarra) e Vitor Guimarães (voz), pouco antes da pandemia começar. Dois dos integrantes residem em Brasília, um em Belo Horizonte e outro em Carmo do Paranaíba.

As faixas do disco foram escritas pela banda Boko Moko (com exceção de “Até Quando Esperar”, de Phillippe Seabra e Gutje Wortmann), com a colaboração de Gabriel Rezende e Oscar Godinho (In Memorian). A identidade visual do trabalho foi feita por Guilherme Terra.

O nome do grupo, assim como a capa do álbum elaborada por Fernando Norte é uma homenagem a um antigo comercial do Guaraná Antártica em que o termo é apresentado como uma coisa estúpida que era combatida por quem bebesse o refrigerante.

“Antes tarde do que nunca” está disponível para audição completa nos principais serviços de streaming (Spotify, Deezer, Apple Music, etc.), na plataforma Bandcamp e em formato de vídeo no canal oficial da banda no YouTube.


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2 Comentários

  1. Muito bom!!! 👏👏👏🎶🎶🎶 Interessante a história do nome da banda!!!!

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  2. Bela resenha do álbum, o texto foi fiel o que é o álbum da Boko Moko.
    Rock'n roll direto e puro.
    A região do Alto Paranaíba bem representada mais uma vez no cenário do rock nacional!

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