Por Caio Machado
A manifestação surgiu de forma espontânea, após a revelação de que a jovem patense Luiza Borja Moreira, havia sido estuprada em 2012, quando tinha 11 anos de idade. O crime ocorreu no Bairro Vila Garcia, quando a menina seguia para a casa da avó e foi cercada por um homem que a levou para casa e a violentou.
O estuprador chegou a ameaçar a avó da menina e como o crime só veio à tona após oito anos do ocorrido, ele segue impune e livre. Segundo a vítima, o criminoso pode estar aliciando outras crianças e cometendo abusos, pelo fato dele residir nas proximidades de algumas escolas de ensino fundamental e médio.
Para a manifestante Larissa Ferreira, a ideia do ato é dar voz para meninas que tenham sofrido ou sofrem algum tipo de abuso sexual. “Quando a Luiza decidiu expor a situação ela trouxe a liberdade para outras mulheres que não sabiam reagir, e acredito que com isto, as chances de conseguir alguma forma de punição são maiores”.
Vestidas de preto e roxo, expondo cartazes e bradando frases de apoio mútuo e alerta sobre os riscos de potenciais estupradores, as manifestantes ocuparam a praça e antes de seguirem em passeata, entoaram com tambores, versos que salientavam como o estado é opressor e patriarcal.
“Agora vamos acompanhar o caso da Luiza Borja e todas as decisões judiciárias sobre a manifestação. É o nosso direito e talvez seja a única forma que seremos ouvidas, pois muitas mulheres juntas incomodam”, afirmou Larissa. No momento, o inquérito do caso já foi enviado para o Ministério Público.
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