Uma das edições do Slam Phatos no Parque do Mocambo |
O Slam Phatos é um movimento artístico de slam poetry criado em setembro de 2017 por poetas e rappers de Patos de Minas. A iniciativa se resume em batalhas de poesias, das quais os participantes, por meio de mensagens de conscientização social, são avaliados por um jurado e pela audiência.
O rapper patense R Loco relata que o slam poetry surgiu em meados da década de 80, junto da cultura hip hop. Ele explica que o movimento é “uma ágora em que os jovens levam as ideias e competem por meio de improvisos e poesias. Um lugar em que são aceitos na sociedade para dizer o que quiserem”.
No inglês, a palavra “slam” significa bater e é utilizada como uma onomatopeia para batidas de portas ou janelas. No movimento artístico, ela representa como se os poetas e rimadores estivessem chegando com tudo, para falarem as próprias verdades e exprimir ideias e pensamentos por meio das poesias.
Na competição, cada participante tem até três minutos para declamar a poesia, e ao contrário das tradicionais batalhas de rima do rap, os versos são feitos à capela. É permitido o uso de citações, mas elas devem ser devidamente creditadas e o restante da rima tem que ser autoral.
R Loco explica que existem diversas modalidades e que em algumas vertentes mais radicais de slam poetry, os participantes sequer podem utilizar adereços como bonés e pulseiras, pois o simples chacoalhar de um relógio poderia ser motivo de distração da poesia.
“Já ocorriam as batalhas de rimas na cidade, mas como elas tendiam muito para o uso de ofensas de conotação sexual e palavrões, percebemos que aquilo estava batido e deveríamos fazer algo diferente. Como o slam tomou uma proporção bem grande no país, criamos a nossa própria competição”, contou R Loco.
Com o título escolhido para o movimento artístico, o nome da cidade de Patos de Minas foi associado à palavra “fatos”, indo de encontro à proposta principal do slam poetry de exprimir o livre-arbítrio, os pensamentos e realidades diversas dos poetas e rappers.
Organizado por R Loco, Olívia Castro e João Paulo “Treta”, a primeira edição do Slam Pathos ocorreu na escadaria do antigo Fórum, na Avenida Getúlio Vargas. Cerca de vinte pessoas fizeram parte do evento, colaborando com poesias e rimas durante a competição.
O poeta e estudante de Ciências Contábeis Felipe Duarte fazia rimas em Uberlândia antes de se mudar para Patos de Minas. Ele conta que era colega de “Treta” na Escola Estadual Marcolino de Barros e foi convidado para participar do Slam Phatos, devido aos poemas que compartilhava no Facebook.
“Participei da primeira edição e eu nunca tinha visto nada como aquilo, fiquei muito feliz por fazer parte do movimento. No mês seguinte, a NTV apareceu para produzir uma reportagem e eu percebi que o slam ia virar e o quanto isto seria e ainda será importante para a cidade”, disse Duarte.
Com o passar do tempo, o número de participantes do Slam Phatos foi crescendo e após um ano, a competição começou a ser realizada na concha acústica do Parque do Mocambo, onde também ocorriam as tradicionais batalhas de rima, consolidando ainda mais a cena do movimento rap e hip hop patense.
Competições e eventos especiais do Slam Phatos também ocorreram nas escolas estaduais Padre Eustáquio e Marcolino de Barros, na Escola Municipal Frei Leopoldo, e também na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e no Centro Universitário de Patos de Minas (Unipam).
“É muito importante conseguir falar com as pessoas que estão em formação intelectual sobre assuntos importantes e com o Slam Phatos, bandeiras de diversas causas sociais são levantadas, como as pautas femininas, raciais, de gênero, dentre outras”, detalhou Felipe Duarte.
Ele afirma que a meta do movimento artístico é atingir cada vez mais pessoas e tornar a sociedade melhor. “Em um evento no centro de detenção para menores, falamos para pessoas ‘marginalizadas’ e ouvimos de alguns dos detentos que quando eles saíssem, iriam rimar conosco, porque aquilo havia mexido com eles”.
As edições do Slam Phatos ocorrem nos últimos domingos de cada mês e com o advento da pandemia do novo coronavírus, elas passaram a ser realizados por meio de videoconferências. Para o mês de setembro, ocasião em que o Slam Phatos completará três anos, uma edição especial online será feita para celebrar a data.
R Loco salienta que o movimento recebe pouco apoio e é mais notado pelas pessoas que vieram de fora, mas que isso não é motivo de desistência. Mesmo com a pandemia, eles irão continuar escrevendo e publicando as poesias pela internet e até participarão da competição estadual do Slam MG, representando Patos de Minas.
Para acompanhar a iniciativa e entender mais sobre o universo do slam poetry é só seguir os perfis oficiais do Slam Phatos no Instagram e Facebook. Pelo canal oficial do YouTube é possível assistir as videoconferências anteriores e as que ainda estão por vir.
O rapper patense R Loco relata que o slam poetry surgiu em meados da década de 80, junto da cultura hip hop. Ele explica que o movimento é “uma ágora em que os jovens levam as ideias e competem por meio de improvisos e poesias. Um lugar em que são aceitos na sociedade para dizer o que quiserem”.
No inglês, a palavra “slam” significa bater e é utilizada como uma onomatopeia para batidas de portas ou janelas. No movimento artístico, ela representa como se os poetas e rimadores estivessem chegando com tudo, para falarem as próprias verdades e exprimir ideias e pensamentos por meio das poesias.
Na competição, cada participante tem até três minutos para declamar a poesia, e ao contrário das tradicionais batalhas de rima do rap, os versos são feitos à capela. É permitido o uso de citações, mas elas devem ser devidamente creditadas e o restante da rima tem que ser autoral.
R Loco explica que existem diversas modalidades e que em algumas vertentes mais radicais de slam poetry, os participantes sequer podem utilizar adereços como bonés e pulseiras, pois o simples chacoalhar de um relógio poderia ser motivo de distração da poesia.
“Já ocorriam as batalhas de rimas na cidade, mas como elas tendiam muito para o uso de ofensas de conotação sexual e palavrões, percebemos que aquilo estava batido e deveríamos fazer algo diferente. Como o slam tomou uma proporção bem grande no país, criamos a nossa própria competição”, contou R Loco.
Com o título escolhido para o movimento artístico, o nome da cidade de Patos de Minas foi associado à palavra “fatos”, indo de encontro à proposta principal do slam poetry de exprimir o livre-arbítrio, os pensamentos e realidades diversas dos poetas e rappers.
Organizado por R Loco, Olívia Castro e João Paulo “Treta”, a primeira edição do Slam Pathos ocorreu na escadaria do antigo Fórum, na Avenida Getúlio Vargas. Cerca de vinte pessoas fizeram parte do evento, colaborando com poesias e rimas durante a competição.
O poeta e estudante de Ciências Contábeis Felipe Duarte fazia rimas em Uberlândia antes de se mudar para Patos de Minas. Ele conta que era colega de “Treta” na Escola Estadual Marcolino de Barros e foi convidado para participar do Slam Phatos, devido aos poemas que compartilhava no Facebook.
“Participei da primeira edição e eu nunca tinha visto nada como aquilo, fiquei muito feliz por fazer parte do movimento. No mês seguinte, a NTV apareceu para produzir uma reportagem e eu percebi que o slam ia virar e o quanto isto seria e ainda será importante para a cidade”, disse Duarte.
Com o passar do tempo, o número de participantes do Slam Phatos foi crescendo e após um ano, a competição começou a ser realizada na concha acústica do Parque do Mocambo, onde também ocorriam as tradicionais batalhas de rima, consolidando ainda mais a cena do movimento rap e hip hop patense.
Competições e eventos especiais do Slam Phatos também ocorreram nas escolas estaduais Padre Eustáquio e Marcolino de Barros, na Escola Municipal Frei Leopoldo, e também na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e no Centro Universitário de Patos de Minas (Unipam).
“É muito importante conseguir falar com as pessoas que estão em formação intelectual sobre assuntos importantes e com o Slam Phatos, bandeiras de diversas causas sociais são levantadas, como as pautas femininas, raciais, de gênero, dentre outras”, detalhou Felipe Duarte.
Ele afirma que a meta do movimento artístico é atingir cada vez mais pessoas e tornar a sociedade melhor. “Em um evento no centro de detenção para menores, falamos para pessoas ‘marginalizadas’ e ouvimos de alguns dos detentos que quando eles saíssem, iriam rimar conosco, porque aquilo havia mexido com eles”.
As edições do Slam Phatos ocorrem nos últimos domingos de cada mês e com o advento da pandemia do novo coronavírus, elas passaram a ser realizados por meio de videoconferências. Para o mês de setembro, ocasião em que o Slam Phatos completará três anos, uma edição especial online será feita para celebrar a data.
R Loco salienta que o movimento recebe pouco apoio e é mais notado pelas pessoas que vieram de fora, mas que isso não é motivo de desistência. Mesmo com a pandemia, eles irão continuar escrevendo e publicando as poesias pela internet e até participarão da competição estadual do Slam MG, representando Patos de Minas.
Para acompanhar a iniciativa e entender mais sobre o universo do slam poetry é só seguir os perfis oficiais do Slam Phatos no Instagram e Facebook. Pelo canal oficial do YouTube é possível assistir as videoconferências anteriores e as que ainda estão por vir.
Primeira edição do Slam Patos, em setembro de 2017 |
2 Comentários
PARABÉNS PELO TEXTO ✍��✊��
ResponderExcluirR Loco uma das pessoas mais talentosas que conheço. Sucesso,saúde e muita luz sempre!!
ResponderExcluirObrigado por comentar!