O jornalismo bacana e humorado de Toninho Cury

Por Caio Machado
Toninho Cury na redação do portal Clube Notícia / Caio Machado

Foi com a fala humorada e descontraída que o comunicador Toninho Cury, conquistou o ouvido dos patenses, por meio das inúmeras reportagens policiais transmitidas diariamente na emissora Rádio Clube de Patos.

Antônio Jorge de Oliveira Cury possui 46 anos, mas atua apenas a pouco mais de uma década na carreira de repórter radiofônico. Pode parecer pouco para uma figura tão popular, mas a história dele na Rádio Clube teve início no dia 2 de janeiro de 1988.

Aos 14 anos, Toninho Cury obteve o primeiro emprego da vida ao ser contratado como office boy da rádio. Foi nessa ocasião, que ele obteve a infame alcunha de Toninho “Capeta”, que o perseguiu por alguns anos.

O apelido surgiu quando ele precisou ir ao alçapão do auditório da rádio. “Estava escuro, e eu peguei um isqueiro com o (repórter) Berto Bastos para acender um pedaço de jornal. Sem querer, botei fogo em umas coisas e levantei uma fumaceira”.

Com o passar dos anos, Toninho foi subindo de cargo, passou a fazer serviços de banco, e finalmente foi para a técnica de som. Em seguida, para o estúdio de gravação e, posteriormente, para os campos de futebol, onde era técnico de externa.

Em 2008, após o falecimento do saudoso repórter Edson Geraldo “Gegê”, Toninho Cury pediu uma chance para o gerente Adamar Gomes e começou a atuar como repórter de campo em partidas de futebol.

Toninho conta que conheceu Minas Gerais inteira cobrindo os jogos do URT (União Recreativa dos Trabalhadores) e do Mamore Esporte Clube, além de diversos Estados do Brasil. Apaixonado pelo esporte, Cury é cruzeirense.

O batismo de Toninho na imprensa foi marcado por um episódio fatídico. Durante uma confraternização na CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), o comunicador exagerou na bebida e saiu do local embriagado, no carro da Rádio Clube.

Durante o percurso, acabou entrando com o carro dentro da Delegacia de Polícia e foi preso. Após pagar fiança, multa e o conserto do automóvel, largou de vez a bebida e os anos de “Capeta” ficaram para trás.

Um dos fatores que mais pesou na decisão, foi o fato de que a esposa Sonia Germano, estava grávida de Artur, que hoje tem 10 anos. Toninho também é pai de Marcos Vinícius, de 26 anos, que reside em Lagamar, e o presenteou com a netinha Luísa.

Ao lado do repórter Marco Antônio Vieira, falecido em 2013, Cury foi obtendo experiência com o jornalismo factual, realizando coberturas policiais diversas, até se consolidar como uma das vozes mais populares da área na cidade.

Com o passar dos anos, Toninho Cury vivenciou e noticiou todos os tipos de acontecimentos na cidade de Patos de Minas, mas um dos eventos que mais o emocionou envolvia um próprio familiar.

No ano de 2015, ele foi chamado para cobrir um acidente com óbito na BR-365, próximo a comunidade rural do Leal. Ao chegar no local, não reconheceu o corpo, mas ao perguntar a placa do carro aos bombeiros, percebeu que se tratava do próprio tio.

O arquiteto Eduardo Alves de Oliveira, conhecido como “Bicudo”, irmão da mãe de Toninho, envolveu-se em um trágico acidente de trânsito, que também tirou a vida do motociclista Baltasar Rodrigues Soares.

Um outro momento que marcou a trajetória de Toninho na rádio, ocorreu enquanto ele cobria uma partida do URT, na série D do Campeonato Brasileiro em Vitória, no Espírito Santo.

Ele recebeu um telefonema em que foi informado que a transmissão da rádio havia mudado de AM para FM. “Passei três décadas na mídia acompanhando as mudanças tecnológicas. VHS, gravador de rolo, CD, e agora os celulares”, disse.

No dia 1º de setembro de 2017, Toninho ganhou o próprio programa na programação da Rádio Clube 98,3 FM. O “Resenhão da Clube” é transmitido de segunda a sexta-feira, das 16 as 17h, com notícias policiais sempre quentinhas.

Com o “jeitão diferente” que alega não ter copiado de ninguém, Toninho Cury é uma pessoa ávida por notícias. Sempre de plantão, trabalha de domingo a domingo, e raramente deixa alguma informação passar batido.

Ele está casado com Sonia há 25 anos e acompanha o crescimento do filho caçula. Sóbrio há uma década, o repórter também caminha cinco quilômetros todos os dias na orla da Lagoinha para manter a saúde em dia.

Existe um rumor de que o “Resenhão da Clube” é ouvido com afinco pelos presos do Sebastião Satiro. “Quando eu começo a falar, a cidade inteira para”, brinca Toninho. “Bacana, esse é meu jeito mesmo, sou diferente, mas tenho muita responsabilidade”.

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2 Comentários

  1. Esta matéria com o velho Tonin Capeta me fez ficar emocionado de verdade. Suas história são mesmo verídicas e comoventes. Convivi poucas vezes com ele, mas até hoje somos amigos. Nossos primeiros contatos, foram etílicos, num copo sujo ali perto da "radia", onde todo mundo, principalmente nas sextas-feiras enchiam os cornos, gente da imprensa, profissionais indefinidos e outros animais nocturnos machos e fêmeas: Lando Lacerda, Vane Pimentel, Bonna Morais, a Kel, a Kenia e tantos outros até no meio das madrugas. Depois cada um seguiu o seu destino, uns sóbrios e outros nem tanto. Alguém ainda escreverá sobre isso...

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  2. gosto muito de te ouvi toninho seu bacana muito bom seu progama esselente radialista

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